Trabalho remoto no exterior #3 - Speaking English

Trabalho remoto no exterior #3 - Speaking English

Olá, esse é o terceiro post da série "Trabalho Remoto" (leia o primeiro e o segundo aqui e aqui respectivamente), e hoje vou compartilhar minha experiência com o aprendizado do inglês.

Como 95% dos brasileiros da minha geração, eu não aprendi inglês na minha infância/adolescência. O ensino de idiomas no currículo escolar obrigatório sempre foi precário (verbo to be ad eternum), e as escolas de idiomas sempre foram caríssimas.

Na vida adulta ainda demorei para "acordar" e começar a estudar inglês. Só comecei a fazê-lo depois dos 30.

No desespero de aprender, ainda cheguei a fazer UMA ÚNICA aula em uma escola de idiomas. Quando a professora começou a aula pedindo para todo mundo repetir em voz alta "How are you?" e "I'm fine, thanks" umas 200 vezes, já percebi imediatamente que estava no lugar errado. Terminei a aula e já fui pedindo o cancelamento na recepção.

Então, vou listar abaixo o caminho que eu trilhei e que PARA MIM deu certo. Imagino que cada um vá se adaptar melhor a um determinado formato para seu estilo de aprendizado.

  • Aulas Particulares: quando eu era bem newbie ainda, procurei um professor particular pois ele poderia adaptar o formato da aula à minha necessidade. Peguei a indicação com um amigo que passou um tempo no Canadá, e antes de ir fez aulas com esse professor. Indico bastante, pois nas primeiras aulas além de entender sua motivação, ele vai vendo o seu nível, e sempre tenta arrancar mais do que você pode dar. Às vezes desmotiva, parece que você não está evoluindo, mas é exatamente o contrário. Caso você tenha interesse, manda mensagem que eu indico com o maior prazer. (ele é de Fortaleza, mas dá aulas por Skype também)

  • Duolingo: como a maioria das pessoas, depois de um tempo fazendo as aulas, e achando que já tinha um nível bom o suficiente, parei com as mesmas. E nisso fiquei alguns anos estudando por conta própria (Youtube, livros, música, comunidades, etc), mas como não havia uma metodologia envolvida, era sempre muito desordenado meu aprendizado. O que me ajudou a manter um contato diário com o idioma e não esquecer coisas importante foi o aplicativo Duolingo. Ele é totalmente gratuito e tem uma estratégia de gamificação que realmente te vicia. Com ele, você treina reading, writing, listening e speaking. Além de ter um fórum para perguntar e responder a outros usuários.

  • Cambly: é uma plataforma para aprendizado do inglês com falantes nativos do idioma. Foi aqui onde realmente consegui "desbloquear" meu inglês. No começo é difícil, admito. Você pensa em desistir algumas vezes. A minha estratégia inicial foi agendar professores que também falassem português, pois se eu travasse, teria uma válvula de escape. Depois que peguei um pouco mais de confiança fui conversando com outros professores e, aos poucos, fui agendando com professores que só falavam inglês. Eu havia assinado o pacote de 1 ano, mas só fiz regularmente aulas durante 6 meses. Depois desse período fazia apenas aulas esporádicas.

Existem outras plataformas similares ao Cambly (iTalki, Verbling), mas na época peguei um cupom de 50% de desconto e ficou fácil decidir. :)

Depois disso, já fiz diversas entrevistas em inglês. Não sou fluente, e acho que só é fluente quem mora fora um tempo, mas falo o suficiente para manter uma conversação. E até hoje me engancho no phrasal verbs, mas isso não evita que eu consiga me comunicar.

Hoje trabalho alocado em uma empresa em Austin (ô sotaque carregado desse povo do Texas), e isso me ajuda ainda mais a ir corrigindo meu erros.